Mediação Familiar: onde estão as raízes dos nossos conflitos?

Pequenas insatisfações não verbalizadas, que vão sendo acumuladas na nossa caixinha interna de necessidades e sentimentos não resolvidos, e essa bagagem de mágoas vai aos poucos minando a identidade da pessoa, a ponto de deixá-la sem saber ao certo qual o seu papel dentro daquela relação familiar.

Muitos problemas familiares poderiam ser evitados ou mesmo resolvidos sem ajuda de terceiros se nós fôssemos preparados para ouvir as necessidades do outro sem julgamentos e, da mesma forma, se fôssemos preparados para manifestar nossas próprias necessidades sem exigências.

Parece complicado, não é? E pode ser mesmo, pois vivemos em um mundo onde somos treinados para ter sempre razão, afinal de contas ter razão “significa” que a pessoa ganhou a discussão ou a disputa. E assim, muitas vezes sacrificamos relações com pessoas que amamos para simplesmente para fazer valer nossas próprias razões.

A pergunta que fica é: valeu a pena? Se você fosse fazer um inventário de tudo que é importante em sua vida, qual seria a prioridade por você no item razão?

Olhar para dentro de si mesmo e perceber não só as potencialidades e virtudes que você possui, mas também olhar com compaixão e atenção para as próprias limitações de defeitos, é um importante passo para o aperfeiçoamento humano, mas também para a melhoria da qualidade das relações em geral, sejam elas familiares ou não. Afinal de contas, não custa nada lembrar que não é a última gota que faz o copo transbordar.

Um abraço para todos.

Drª. Larissa Reis (OAB/SP Nº. 359.225) e Drª. Mara Lúcia Nunes (OAB/SP Nº. 173.973).