Mediação Familiar: transformando conflitos familiares em oportunidades de entendimento.

As coisas em si não nos ferem ou nos criam obstáculos. Nem as outras pessoas. A questão está na forma como as encaramos. São nossas atitudes e reações que nos criam problemas.

Sendo assim, até a morte deixa de ser tão importante. É a nossa noção da morte, a ideia que fazemos dela que é terrível, que nos aterroriza. Existem muitas maneiras de pensar na morte. Examine suas noções a respeito da morte – e também sobre tudo o mais. Essas noções são de fato verdadeiras? Fazem algum bem a você? Não tema a morte ou a dor, tema o medo da morte ou da dor.

Não podemos escolher as circunstâncias externas de nossa vida, mas sempre podemos escolher a maneira como reagimos a elas.

A Arte de Viver. Por Epictetus.

Esse belíssimo ensinamento do Filósofo Estoico Epictetus nos ajuda a lançar um outro olhar sobre os problemas que se apresentam na vida de todo e qualquer ser humano. É preciso que aprendamos a mudar as lentes para enxergar a vida por diferentes prismas.

Em situações de conflitos familiares, os quais nos deparamos todos os dias nos Escritórios de Direito de Família, por vezes é difícil levar os nossos clientes a entenderem que naquele momento, para reestabelecer a paz interior tão desejada, é necessário tirar o foco das pessoas e se ater aos fatos, ou ainda, de levá-los a entender que existem coisas que não estão sob o controle deles.

Nessas situações de conflitos familiares é necessário colocar o foco no daqui em diante, deixando o passado para trás, lugar que lhe é devido, pois já foi, já aconteceu, já passou e não há como voltar no tempo.

Quando as pessoas não conseguem mudar o foco, mudar a perspectiva para entenderem e encontrarem as soluções que melhor atendam às suas necessidades, ao invés de se libertarem, elas ficam presas num círculo vicioso que nunca traz a paz o alívio esperado. E apesar do desejo de sair desse turbilhão de problemas, o efeito é exatamente oposto, ou seja, é como se a pessoa se sentasse em cima do problema, impedindo qualquer solução possível.

Por isso o acolhimento é tão importante nos Escritórios de Direito de Família, pois muito mais do que soluções jurídicas, esses profissionais precisam estar preparados para conduzir os processos - judiciais ou não - sem julgamentos ou culpas, mas levando aos seus clientes a clareza necessária para a melhor tomada de decisão.

Um abraço para todos.

Drª. Larissa Reis (OAB/SP Nº. 359.225) e Drª. Mara Lúcia Nunes (OAB/SP Nº. 173.973).