Você prefere nadar ou afundar? O papel do advogado na resolução de conflitos.

Todos os dias chegam ao nosso escritório, problemas familiares de toda ordem, uns menos complexos e outros da mais alta complexidade, porém nos chama muito a nossa atenção a forma como as pessoas lidam com seus problemas familiares. Alguns comportamentos adotados pelas partes envolvidas no conflito fazem esses problemas de alta complexidade parecerem mais simples e em outros casos, o comportamento das partes fazem com que conflitos menos complexos adquiram contornos de conflitos de alta complexidade.

É sabido que em momentos de ruptura, especialmente na área familiar, é comum que as pessoas estejam envolvidas por sentimentos que dificultam a sua capacidade de tomar decisões de forma racional. Porém, é fato que diante de conflitos familiares, a maneira como a pessoa lida com a situação faz toda a diferença para que se chegue a melhor solução, aquela alternativa que se não atender todas as necessidades de todos os envolvidos no conflito, atenderá a sua grande maioria.

O papel do advogado de família, muito além de oferecer apenas soluções jurídicas, é também de amenizar os impactos da ruptura, ou do conflito. Acolher seus clientes e compreender as necessidades que urgem em serem atendidas diante do conflito, sejam necessidades do seu cliente ou da parte adversa, é essencial na mediação de uma solução possível. No entanto, sabemos que nem sempre isso é possível. Infelizmente temos clientes que preferem afundar ao invés de nadar, preferem, esconder o problema, em vez de resolvê-lo e seguir com sua vida adiante.

Apesar de todo o empenho e preparo, muitas vezes a melhor resposta ou solução ao conflito pode ser dada pelos advogados familiarista, mas de nada vai adiantar se o cliente não cooperar, se ele não buscar as forças que tem para nadar, uma vez que o trabalho desenvolvido em um escritório de advocacia é um trabalho de parceria, entre advogados e clientes. Em outras palavras, os advogados de família estão no mesmo time de seus clientes, jogando juntos, porém não há vitória possível quando o cliente decide afundar ao invés de nadar.

Um abraço para todos.

Drª. Larissa Reis (OAB/SP Nº. 359.225) e Drª. Mara Lúcia Nunes (OAB/SP Nº. 173.973).